Oscar Krost
Presencial ou remoto?
Off-line ou online?
Síncrono ou assíncrono?
Em cada pergunta, o que intriga não são as opções expressas, mas as ocultas.
Por que “ou” e não “quando”?
Grilhões são grilhões, de ferro ou wi-fi, e entre os elos das correntes estão os que mandam e os que obedecem.
Celetista, estatutário, PJ, cooperado. Nenhuma, absolutamente nenhuma relação de trabalho é simétrica ou equilibrada.
Se até um Juiz do Trabalho – ok, um Juiz do Trabalho Substituto, o último na escala evolutiva da carreira – portava crachá, o que esperar de proletarios, cyber ou analógicos?
O ano de 2022 bate às portas com tanta força a ponto de derrubá-la. Não há mais tempo para cortinas de fumaça, recursos linguísticos e exercícios de retórica.
“É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol (…)”, há 50 anos, desde 1972, ensina Tom Jobim.
Que possamos formular perguntas, cujas respostas estejam na vida afora e não no próprio questionamento.
Afinal, ninguém mais acredita estarmos em um game ou em uma prova objetiva de múltipla escolha, né?
Adorei “grilhões são grilhões”.
E que possamos formular perguntas, encontrar as respostas e compreendê-las mais como uma mudança/evolução dos tempos do que como pesos a serem carregados.
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“(…) entre os elos da corrente estão os que mandam e os que obedecem”, sempre. E o crachá? Gostei.
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